Exportações de metalurgia e metalomecânica cresceram 13,7% em janeiro

Exportações de metalurgia e metalomecânica cresceram 13,7% em janeiro

O ano de 2023 arrancou de modo “muito positivo” para a metalurgia e metalomecânica, cujas exportações, em janeiro, cresceram 13,7% para um total de 1.891 milhões de euros.

Em comunicado, a AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal destaca que este registo “confirma e consolida a trajetória de crescimento do setor metalúrgico e metalomecânico, apesar do contexto particularmente desafiador enfrentado em 2022”, com elevados custos de produção, um contexto inflacionário e o aumento das taxas de juros.

Entre os mercados que mais cresceram, em termos absolutos, a associação destaca a Alemanha, Espanha, França, Reino Unido (excluindo Irlanda do Norte), EUA, Angola, Itália e Japão. “Esses países são conhecidos pela sua sofisticação e exigência, o que demonstra a qualidade e a competitividade dos produtos exportados pelo setor metalúrgico e metalomecânico de Portugal”, frisa.

Em termos de subsetores, os produtos metálicos e máquinas e equipamentos foram os principais responsáveis pela boa performance de janeiro, bem como o setor de material de transporte que “também apresentou um bom desempenho”.

Recorde-se que o setor fechou 2022 como novo recorde anual de 23.080 milhões de euros vendidos ao exterior.

Quanto a perspetivas para 2023, a AIMMAP mostra-se cautelosa. “As exigências são muitas e, se não forem tomadas medidas urgentes para mitigar os efeitos desta realidade, certamente que a competitividade da economia nacional será afetada. A subida das taxas de juro, o aumento da inflação, a dificuldades de contratação de recursos humanos e a instabilidade dos preços da energia e das matérias-primas vão seguramente condicionar a atividade industrial”, sublinha Rafael Campos Pereira.

Segundo este responsável, o grande desafio para as empresas do setor, em 2023, é “investir de forma decisiva em instrumentos que aumentem a produtividade”, dado que isso permitirá que as empresas “enfrentem as adversidades com maior assertividade em relação às suas concorrentes de outras regiões”.